Johny – Dermatite
O Johny é um cão com 6 anos a quem apareceram recentemente zonas sem pelo e prurido de grande intensidade que o leva a coçar, provocando eritema e crostas.
Paciente
Johny, Cão, Macho, raça indeterminada, 6 anos.
Anamnese
Aparecimento de zonas com alopécia (falta de pelo), eritema e crostas na zona lombar e cauda.
O elevado prurido provocou auto-mutilação, o que piorou os sinais clínicos, Fig.1 e 2.
Diagnóstico
DAPP (Dermatite Alérgica à Picada da Pulga)
No exame clínico visualizaram-se pulgas e respetivas fezes. Estas apresentam um aspeto de pequenos grãos de coloração negra. Não são os “ovos” das pulgas porque estes são microscópicos.
O dono referiu que por vezes este problema surge e nem sempre faz a prevenção adequada para o controlo da pulga.
A pulga é o parasita mais comum e responsável por problemas alérgicos cutâneos no cão e no gato.
Este ectoparasita possui uma grande capacidade reprodutiva podendo gerar várias dezenas de ovos por dia.
Para além das pulgas adultas e ovos, existem outras formas imaturas que se encontram no ambiente (larvas e pupas).
Tratamento
O tratamento passa por instituir terapêutica anti-inflamatória para controlar a inflamação e o prurido.
Em situações mais graves podem surgir infeções secundárias e ser necessária a administração de antibiótico (não é o caso do “Johny”).
O problema também se pode tornar crónico.
Reação
O “johny” ao fim de 10 dias já não apresentou prurido e o pelo começou a crescer.
Conclusões
A base do controlo da Dermatite Alérgica à Picada da Pulga passa pela prevenção eficaz e permanente do parasita, no hospedeiro e no meio ambiente.
Existem vários produtos disponíveis (comprimidos, sprays, pipetas spot-on, coleiras).
Alguns podem ser usados em conjunto.
Tratando-se de ectoparasiticidas é importante ter em conta a espécie alvo; a infestação por pulgas é comum ao cão e gato, podendo ocorrer infestação entre eles mas existem produtos específicos para cada espécie.